sexta-feira, 14 de novembro de 2008

TEMPORAL

O sol surgente seca os trêmulos fios de luz caídos na nesga negra molhada da noite.
O fulgor da pulcritude arremessa sentimentos contra o tempo, lamentos que não dormem à espera de açoite.
Existem balões no céu, aos montes. Desejos alguns, talvez esperanças. Solicitações e memórias caducam milagres em pontas de foices.
Tão logo se chocam provocam tempestade forte e breve. O temporal leva a alma e lava o que já não era.
A calma volta intacta, como depois de um coice.

2 comentários:

Robério Carneiro disse...

Tempestade mental, a que vivemos agora....
Bjus e muita luz!

Bel disse...

Toda tempestade é visceral, mesmo aquela que vem da Natureza primeira. Mas tudo se esvai e vai com o tempo do seu próprio tempo, né?
Um beijo, Bel.