Adentro nas entranhas da linguagem.
Aqui dentro é território quente e úmido
vermelho fogo furto paixão.
Entrar e sair não dá.
Entrego-me total
em recônditos plurívocos.
Desprendo-me do medo
dominante cintilante,
lá fora fica com discursos
gastos pelo uso.
Combinações de arranjos
e signos inextricáveis
perfilam e engendram minha alma mucosa e desavergonhada.
Nada ensaiado. Pré-concebido, nada.
Descobertas me vêm em chofre e em choque
culminam no cheque-mate:
efervescências de relâmpagos verbais
engravidam o papel em branco
num gozo supremo do inútil.
Forma única de eternização da vida/arte.
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6 comentários:
Metalinguagem é isso :-)
Gostei muito do seu blog.
Ai, amiga, preciso engravidar aqui alguns dos meus papéis em branco! Tem receita? Rs... Tudo muito bom!
robs, você não precisa de receita, já pariu muita coisa boa e ainda tem muito mais pela frente!
nossa! tesudez nas palavras, uma estrutura fálica, trabalho típico de arTesão.
Lindíssimo, Sofia... Poesia nas entrelinhas, beleza objetiva e subjetivas, cheia de sentimentos e de cores. Adorei!
Beijo
Ana Letícia
www.mineirasuai.blogspot.com
Nossaaaaa!!!!!!Muito linda suas poesias, muito arrojadas e modernas, um jeito diferente de se expressar!!!!!!
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