sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

ANORMAL

Não me interessa o que é reto, resto,
certo, confesso.
Mas o que escapa do dia a dia fugidio.
As vicissitudes da vida.
Embora eu teime com meu tema atemático
matemático,
caleidoscópio ambulante que calcula a visão,
cópia caudalosa de meus cabelos ao vento,
foto impregnada de íntima memória.
A normalidade enfraquece o que está por vir,
e a poesia quer-se quente.
Jogo lenha na fogueira, mas não qualquer uma:
combustível fóssil, óleos que não viram tudo,
e, sobretudo, agora e sempre,
a pureza ainda não extraditada de seu estado virgem,
e o primitivismo não contaminado pela vontade da normalidade.

... ... ...

Meu filho ganhou um lindo caleidoscópio de Natal. Olhando ele brincar outro dia eu fiquei com vontade de postar essa poesia de novo...

6 comentários:

Anônimo disse...

Gostei Sofia, muito bom, é mesmo como olhar por um caleidoscópio e descobrir coisas novas, cores novas, imagens do não esperado. Enquanto vou olhando pelo teu poema levanto a mão de leve, como quem quer tocar algo

=)

Beijos,
Geraldo.

Helena Machado disse...

Lindo, Sofia. caleidoscópio é mágico. Cada movimento é um novo presente. Coisas lindas nesse seu blog, como sempre. Beijos.

Raskólhnikov disse...

rs. muito lindo.

Unknown disse...

eba! a agenda da tribo acaba por nos apresentar boas oportunidades de compartilhar poesia, né?
ganhou um leitor assíduo aqui, Sofia!
parabéns pela poesia!

Fred Matos disse...

"a poesia quer-se quente".

quente e forte qual café
quer-se qual a tua é.

Ótima semana
Beijos

ju rigoni disse...

Sofia, gostei demais de estar por aqui a ler seus poemas.

Bjs e inté!