segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

QUINTAL









O orvalho na grama
evapora desejos
caídos

Pássaros pescam
em árvores
frutas de cores

Cadeiras balançam
no espaço
sorrisos verdades

Prendedores no varal
beliscam
o movimento do ar

Aquarelas colorem
pensamentos
em tessituras de nuvens

Riscos no chão
pulam
tempos escassos

Brinquedos amontoam
em caixas
curiosidades abertas

Pés cheiram
arroubos de vento
na terra

O cão lambe
carinhos
na mão do menino

Na rede descansa a tensão de sua mãe

6 comentários:

Bruno disse...

olá... eu gosto de muitos poemas daqui... este "quintal"... como os ótimos...bonitos...poemas do menino antigo... de drummond...

Rafael Ucha Campos disse...

Hey!
Demorei, mas vi o comentário! Valeu a visita... =)
Gostei um bocado dos teus textos... apareça mais vezes =)

Aroeira disse...

muito bonito. é isso aí: c'est la vie.

Bel disse...

Querida,
... voltei. Um tanto mais triste do que antes porque as despedidas sempre me derrubam por uns dias. Mas... o tempo se encarrega da cura!
Agora ... sempre adoro o que escreves. Mas "quintal" é o que mais me tocou, sabias? Tantos entendimentos vindos de uma forma mais do que poética. Tantas sínteses doces.
Amei!
Um beijo,
Bel.

Anônimo disse...

Que lindo, Sofia! Escreves tão bem. Estarei sempre por aqui.
Grande abraço.
Patrícia (do Blip) ^.^

Anônimo disse...

Sofs, esse poema aqui é cenário. Vejo as cores, a cara do cachorro, o menino... E como envolve a gente, tem um ritmo, que parece ninar e nos levar pra este lugar, que só você sabe construir com as suas palavras... Lindo, lindo, lindo. A cara da sua alma! Beijos,
Robs