
Gato preto no canto da rua
lambe a face escondida
da lua
CHEIA
in poça d’água
si nua
CHEIRA
Ai quem me dera
se a sorte escolhida
fosse a sua
QUEIRA
Quando criança a poesia era parte da minha vida. Palavras rimadas, encantadas. Depois cresci. Comecei a me impor regras. A poesia intelectualizada não me saía bem, nem soava legal. Eu suava para produzir algo que me desse orgulho, mas me perdia. Até que, cansada de minha autocrítica, desisti. Há pouco tempo elas voltaram a pintar minha rotina. Brotam aos montes, vindas dos recônditos de antes. Eu não as nego. As rego. E as carrego para todo lugar, embora ainda me pergunte: Sofia, pra quê poesia?
4 comentários:
Umas letras antes, umas cominações certeiras. Essa é a Fada que fala da maldição com uma leveza ligeira.
Beijos, querida!
Bel
Ei, querida, Sofia
Já tinha vindo antes aqui. Mas não tem opções para te acompanhar, por que não inclui?
Procurando a música que vc me falou :)
Beijos.
Querida Patrícia,
obrigada pela sugestão, já está lá a opção para acompanhar o blog ;)
Nossa, que bonito isso, Sofia.
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