sexta-feira, 1 de agosto de 2008

AUTOR CONVIDADO - JOÃO LENJOB


Poesia Pra Quê?
João Lenjob

Poesia pra quê?
Para parar no papel o amor que não tem fim
Para parar um pouco com a vida que continua, ou não,
Para deixar lágrimas que não molham ao escrever
(não borram, não embaçam, nem mancham);
Sobretudo poder molhar os olhos de quem lê.

Poesia pra quê?
Para expressar um sorriso que não tem dono (ou terá; será?)
Poesia para juntar forças ou talvez separá-las
Para montar um quebra-cabeça ou desmontá-lo
(ou apreciar ou ficar com preguiça até de olhar)
Para pular, brincar, voar, matar, morrer e até ser Deus.

Poesia pra quê?
Escrever pra quê?
Para legar, eternizar, legar, justificar ou tentar
Escrever pra lembrar
Escrever pra esquecer.


(...) ... (...) ... (...) ...

O João é um amigo de longa data, conterrâneo de Nova Era. Na nossa adolescência, sempre conversávamos sobre poesia e literatura. Quando eu vim para BH acabou que gente perdeu o contato e tinha uns oito anos que não o via. A internet promoveu o nosso reencontro e depois de tanto tempo foi ótimo saber que tudo aquilo que a gente sonhava (lançar livros, viver de literatura) de certa forma aconteceu.
Tudo bem, eu ainda não vivo de literatura. Nem ele. Mas a gente trocou livros: ele ficou com O menino revirado, infantil que lancei no ano passado, e eu fiquei com Cavalo Livre de Tróia, livro de poesias que ele também lançou em 2007.

Eu sei que na nossa vida muitos lançamentos ainda irão acontecer!

Quem quiser conhecer o trabalho dele, segue a dica: http://lenjob.blogspot.com/

2 comentários:

João Lenjob disse...

Prezada Sofia. Demorei um pouco a deixar meu comentário de Tróia aqui no seus comentários pra que porque tive uns contratempos, mas enfim fiz, e com todo orgulho. Seu texto de apresentação ficou melhor que o meu, bem melhor. Hora ou outra retribuo isso. Minha mãe adorou o intercâmbio com você e esta idéia sua me deu um alívio. Agora toda sexta farei isso. Beijão!!!! João (zinho) Lenjob

Bel disse...

Que encontro interessante. Cada um com sua arte em mãos, cada um oferecendo ao outro o que lhe vêm tão profundamente. Cada um e sua vida exposta em folhas que amontoam letrinhas eternizadas pela publicação. Imortalidades aparentes.
Vida longa... inspiração e arte pra vida inteira.
Parabéns aos dois escritores.
Bel.