sábado, 23 de maio de 2009

FOI-SE

Foi forte e relevante
Foi difuso e inconstante
Foi tudo, tanto, todo a todo instante
No que começou se perdeu
O que atraiu repulsou
Encontro e desencontro em
tempo real dissonante
E agora?
Viver isso em nome de quem?
Buscar mais em razão de quê?
Dores não sinto, nem quero
Cores eu vejo, não minto
Mas coisas, não mais pressinto
Nem é tudo tão azul quanto
era antigamente
O que der e vier
Se vier se preciso for
Talvez não venha
e se contente
no que já deixou de
ser
sem nunca ter realmente
(s) ido.

13 comentários:

Anônimo disse...

Amo a sutil dualidade como conduz... Mais ainda as perguntas, nada sutis. Duo, dúbio, duplicidade.. Sofia e a outra Sofia. Parabéns, tá lindo isso!

Helena Machado disse...

E é leve essa danadinha. Tão leve em tudo o que mostra e que não mostra... Beijo.

Bel disse...

... passeou e passou sem querer, ou, por tanto querer. Tu e tuas palavras curvas ... sinuosas de tanto sentir. Tão sentido tudo em ti que me faz ir junto e querer que fique um tanto mais.
saudades de ti...
Beijos, Bel.

Eduardo Lima disse...

suave e intenso.

Anônimo disse...

Li de novo, com lágrimas nos olhos. Porque tão igual pra mim e pra ti! Mesma data, mesma expectativa... Dois barcos que se afundaram, respectivamente! Que pena...

Gustavo Henrique Ruffo disse...

Lindo esse, Sofia! Sou mais de prosa que de verso (adoro uma boa conversa), mais por inabilidade que por gosto. E essa poesia está do graaaande...

Já tinha visto seu blog antes, só não me senti à vontade para comentar, ainda que tenha curtido de monte. Antes e também agora.

Um abração,

Gustavo

Aroeira disse...

ascenção e queda.
mal começou, começou mal.
sem ter começado, sem ter cometido.
no balanço da vida é isso.
muito bom!

Sofia Fada disse...

Elena, beijo pra vc também!

Bel, saudades de você, dia desses apareço lá na sua janelinha virtual ;)

Eduardo, obrigada

Robs, vambora começar tudo de novo, com brilho nos olhos e alma leve!

Gustavo, também adoro boa conversa, fique à vontade para voltar aqui mais vezes e comentar sempre que puder, vamos manter o contato!

Aroeira: "sem ter começado, sem ter cometido", é isso aí!

Anônimo disse...

Li novamente, de novo! kkk Mas sem lágrimas nos olhos, só brilho, luz! Como és talentosa! E sabe, a poesia muda conforme estado de espírito. Hoje ela tá mais bonita ainda, a mesma poesia... E, nem sei quantas vezes ainda vou retornar a ela!

Sofia Fada disse...

Robs,
a vida dá voltas, minha querida amiga, e às vezes volta para o mesmo lugar, de onde é possível sempre recomeçar.
;D

Anônimo disse...

Ai, voltei! Caramba, quantas vezes ainda vou me emocionar com ela???? Dá um trem no meu coração!

Anônimo disse...

Sofs, essa também poderia se chamar "Foice" (ra, ra, ra, ra)...

Sofia Fada disse...

Foice seria um bom nome também. Para cortar tudo o que já não nos serve mais.
Mesmo que pegue na carne para extrair o cerne ou um verme.
A ferida sempre fecha, muitas vezes antes do que a gente imagina.
;D