segunda-feira, 29 de setembro de 2008

OPOSIÇÃO

Onde eu me perco é que me acho
Onde eu me acabo é que começo
Onde tropeço é que eu não caio
De onde eu saio não entro
Quando erro é que eu acerto
O que está longe eu faço perto
Quando me prendem, faço-me vento
Eu faço muito em pouco tempo
O que não suporto eu agüento

Enquanto estou triste, contento


CONTINUAÇÃO

Tudo o que gosto, deixo livre
O que eu rego, sobrevive
Sobre a vida, ando solta
O que desejo, vem de volta
À minha volta, planto cores
Se colho dores, coloro pausas

(continuar é preciso)

Enquanto estou triste, contento
Contudo, meu riso é mudo
Mudo de humor como de roupa
E deixo livre tudo o que gosto


(...) ... (...) ... (...)

Há tempos venho querendo postar coisas novas aqui, mas tenho andado muito sem tempo ultimamente, envolvida em trabalhos e coisas afins...
Mas como tenho um monte de poesias em meus arquivos, vou postando-as uma por uma aqui, aos poucos. Afinal, o que é velho para mim é novo para muitos de vocês. Na verdade essas duas nem são tão antigas assim, fiz no ano passado.

E elas vão especialmente para a Bel ;-)

2 comentários:

Bel disse...

Querida.
Primeiro: com tanta coisa linda e rica que vem lá de antes pergunto-me... pergunto-te: Pra quê produzir afobadamente? Essas duas poeisas são preciosidades, Sofia. Assim como és. Pra mim ... pra um meio ambiente inteiro.
Pra quem tem o prazer de te rodear, desde o verde.
Que projeto lindo! Que plantio festivo. Que tenham vida longa! Vou me inteirar de tudo com tempo. quero olhar tudo com olhos gordos e falar de boca cheia.
Que orgulho e admiração me despertas.
Quero muito um dia te ter por perto pra confirmar a beleza que é viver ... poeticamente bem-viver.
Um afetuoso beijo.
Lindas as imagens.
Lindo todos esses teus sorridentes amores.
Muito obrigada por se fazer tão presente nesse meu momento de vida....que isso tudo se prolongue em nós.
Bel.

Paulo D'Auria disse...

Adorei isso: "Onde eu me acabo é que começo
Onde eu tropeço é que não caio"

Lindo poema!
Beijos